Aquela falta...

«Cada minuto que estás longe, as profundezas do meu ser embaraçam-se, emaranham-se em mim mesmo, como se de um polvo tratasse este meu tamanho desespero...
A minha alma procura-te para junto de mim, querendo-te como nunca ninguém te verá. Poderia vislumbrar todas as riquezas do mundo, e poderia desejá-las, mas nunca as quis. Talvez seja simples, e aos olhos mundanos um ser imperfeito. Mas sou verdadeiro para ti. O meu sangue corre como o teu, e o meu ardor, arde tanto como o fogo da ilusão e do delírio... o delírio que o teu corpo me dá desde o toque ao cheiro... desde o sabor ao pudor. Não estou aqui a provocar batalhas campais, não por achar que sairei vencedor; mas porque estou convencido que não se luta por alguém que se entrega a ti.
Estendo-te a minha mão em segundos para te mostrar a minha vida de anos. Puxo-te para mim. E sou capaz de percorrer o universo em milésimas.
As milésimas que são efémeras demais para te largar da mão. Não foges eu sei, não corres eu sei. Abraças-me que eu sei.
Já disse que és a riqueza que um homem pode pedir, mas também és a riqueza que um homem não pode partilhar.
Eu sei que não te amedrontas com a realidade do que são sentimentos.
Não vejas isso passar.
Percorre mais uma vez a galáctica... Estará tudo no mesmo lugar.»

(mereces ainda assim.)

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