Tenho que me perguntar. Tenho que me perguntar. Por todos os segundos, e respiros, e mergulhos em ti. E nesse teu sorriso. Posso te deixar ir? Posso te deixar ficar?
Quem me dera aprender e ensinar-te as coisas todas que temos que conhecer. Será que facilitaria as minhas noites? Podes me dar uma lição de como se ama em curtos períodos de tempo? Podes me esquecer?
Podes me dizer que me amas? Podes fugir?
Em vez de me perguntar, pergunto-te a ti. Tu pareces ser a resposta para as minhas dúvidas e paixões.

Tu és aquele tipo de mulher que me faz caminhar a terra só para te poder amar.
Não sei se te quero ou se eu te posso ter. És a confusão na minha maneira de viver. Eu já não sei ver. Eu não sei o que significa poder. Nem sei o que significa tocar.
A lacuna entre nós é um tempo antigo, duma pintura vitoriana onde tu sorris e me olhas com todas as expressões que podes esconder. Tens tanto para dizer, e ser. Tens tanto a perder. Tu tens tanto para compreender e dar-me a entender.
Eu continuo cego em mim, e contra ti.
Observo-te como se fosses a mais famosa obra de arte, num museu cheio de gente. E ninguém pergunta pelo teu nome.

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