...

Teu corpo desce à terra escura e fria...
Terra de Portugal.
Treva sombria
Te cobre e te devora!
Mas não perecerá teu génio altivo,
E surges para a História redivivo
como da Noite a Aurora...


Sentiu o tenro ser...

O ouro da tua trança
Vaie os milhões dum avaro;
Não é pagar muito caro
Morrer por a ter beijado!...



Vai alta a Lua na mansão da morte,
Já meia-noite com vagar soou...


É noite, o astro saudoso
Rompe a custo o plúmbeo céu;
Tolda-lhe o rosto formoso
Alvacento, húmido véu...


Meiga Lua, os teus segredos
Onde os deixaste ficar?
Deixaste-os nos arvoredos
Das praias d'além do mar?



Agora dou as honras ao meu escritor de eleição: Eça de Queirós.
Este poema é um pouco extenso, então decidi publicar o resto da próxima vez.

Gosto dele porque me traz boas memórias.

E é assim muitas vezes que seguimos em frente.

Comentários

  1. e' tao bonito :')))

    eu bem vi que essa escrita nao a conhecia dos 'meus' poetas de eleic,ao.

    mas realmente ... ha' que se tirar o chape'u. e' delicioso :)


    beijinhoooo *



    ps: e queres gostes quer nao e' este o meu comenta'rio -.-'


    xD

    ResponderEliminar

Enviar um comentário