A sangue frio

"Não deixes que a raiva te consuma. Liberta-te de tudo um pouco; existe dentro de ti como o ser mais puro que há. Só assim sobrevives, só assim esqueces o que te enlouquece.
Não percas a cabeça, não deixes que te dominem, eles não têm mais poder que tu.

Deixa feridas abertas. Deixa-me a sangrar, arranca-me a alma, destrói-me sem piedade. Consegues dormir em paz? Então dorme em descanso com o meu corpo debaixo do teu, já que te sirvo de cama... Até quando durará? Sou eu que te deixo, não é?

Sou podre. Mas só sou podre porque tu queres que eu seja.
Arrepende-te do dia que me cuspiste na cara e escarneceste da minha pessoa.

Escarnece, ri-te, odeia!

Vou-te virar as costas, como óptima actriz que sou. Aplaudir-me-ei a mim própria por ser tão falsa. Mentiras? É o que apenas sai da minha boca. Porque não te posso dizer que me magoas e que me perturbas a mente com as tuas palavras frias.

Pára por favor. Sou mais do que possas imaginar."


Perdi o confronto.
Uivaram-me na arena...


Parabéns.

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