Sou tão imperfeito que nem a luz ao fundo do túnel vejo.

Tudo me falha duma maneira tão ridícula que me preocupo de como reagirei as coisas perfeitas.
Nada a mim se apresenta perfeito, e a ligação nunca é saudável por haver quebras de ligamentos.
Assim corro na direcção que me leva ao abismo, onde ai tudo é fúnebre e me penetra dando-me o conforto do ser monstruoso que sou. Nunca ninguém me veio buscar. Porque nunca te ensinei o caminho e não quero que te percas junto de mim, no frio e sem saída, túnel.
A entrada tornaria-se a minha saída se eu não lhe tivesse virado as costas e me escondido de mim mesmo e da minha própria desgraça. Sou tão incapaz como inútil.
A minha estupidez ofusca me a vista e não me dá chance de visionar a luz no fundo do túnel.
Largas-te me lá dentro. Não me quiseste perceber, nem aceitar.
Deixaste-me lá dentro sem mais ninguém. Não te culpo, apenas lamento que não me tenhas ajudado a sair.






Agora sai. E não me olhas mais...?

Tenho a luz do dia à minha frente.
E neste momento irradio-a.


Obrigado por me fazeres dar provas que na verdade vivo e nunca ninguém vai mudar isso.


Estou fora. Fora de ti.

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