Minha querida.

Esta saturação que me culmina a alma, estes gritos que se entranham em mim sem ver a saída. O cérebro que rebenta tanto de não poder mais ouvir uma única palavra vinda do teu inferno interior. Queres ser o ser fraco e repugnante? Então, mata-te. Queres fugir de todos os teus problemas? Então, mata-te.
Porquê que não vejo a saída e estou preso a ti que me fizeste viver e neste momento nos destrois as visões e a paz de alma?
Não somos mais. Nem nunca fomos. Nunca foste a presença quente em nenhum de nós.
Temos tanto para te apontar que nem conseguimos erguer a mão para o fazer.
Pára! Desaparece. Deixa-nos viver. A minha cabeça bombeia, silencia-se de tanto barulho que há dentro dela por tua causa.
Sofrimento ensanguentado, assim como as minhas lágrimas que já não saiem de secura.
Saturei-me de ti e pouco te conheço. Talvez seja esse mesmo o problema não te conheço e a queda foi demasiado dura para mim. Vida endurecida por ti contra nós, crianças inocentes despertas demasiado cedo para a irrealidade das nossas vivências.
Estou amargurado, estou queimado por dentro. Não quero mais acordar e saber que vou ouvir mais uma vez a voz que nos fere com esses gritos estridentes.
Apaga-te. Bem longe de nós. Deixa-nos viver.



Já que tu morreste...




Querida Mãe.

Comentários

  1. wow!
    até me arrepiei!

    hum...e já agora feliz ano novo*

    beijinho*

    ResponderEliminar
  2. um texto que nos deixa a pensar e certo tal como a Ana Paixão disse um texto forte, de revolta raiva...

    lutar acredita e vence

    ResponderEliminar
  3. um texto que nos deixa a pensar e certo tal como a Ana Paixão disse um texto forte, de revolta raiva...

    lutar acredita e vence

    ResponderEliminar

Enviar um comentário