Olhar confuso

Perspectivamos sofrimentos.
Vemos passar contentamentos.
Sonhamos com realizações.
Perdemos sempre as melhores visões...

Por nós, seres humanos, sermos assim tão errantes como a tinta que marca nomes num registo sem fim. Ocultamos pormenores irreais das nossas vivências. Formando as mais belas frases, acerca dum ser inexistente e belo feito à margem da perfeição.
Nunca seremos prudentes ao ponto de usar a coerência ao concluir que a vida somos nós sem mas nem porquês. Porquê? Porque nunca nada se apaga nem o mais íntimo pecado perdoado, e não há volta a dar...
Isto tudo porque somos um acumular de erros bons ou não tão bons; ou até mesmo maus ou não tão maus..!
A verdade, é que a cada novo dia que nasce, só nasce porque a noite se foi e nos deu mais umas horríveis horas de terror iluminado que é esta passagem. É o acordar duma buzina ensurdecedora; duma sirene que mata; dum fumo que queima as vias respiratórias.
Porque não permanecemos naquela escuridão? Onde todos os gatos são pardos...?! Nada se diferencia, nem se nota as diferenças de às vezes tão tamanha discrepância as coisas são!

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