Sou tão

Sou tão pretensioso e soberbo que me torno superior a mim mesmo.

Perdi a colecção de chapéus, quase perco a de gravatas, e a de pacotes de açúcar alguém decidiu despejá-la num bolo qualquer. As memórias... apaguei-as com as tuas lágrimas.

Virei a página mais uma vez deixando mais um episódio incompleto para trás... Começo na folha branca mais um script, onde eu me torno o único personagem num monólogo sem fim.

O filme é meu, termina quando eu quiser. E agora saberei escolher os cenários certos e as cores, que não quero viver de arco-íris nem de más histórias verídicas. Quero a minha perfeita ficção.

Subo e desço montanhas, viajo o mundo em flashbacks, rio-me na próxima cena, a personagem não muda, nem a personalidade, nada se deixa afectar, nada nunca será tão perfeito como esta tão cheia solidão.

E não, não se chora no fim.

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