Sonhando tudo outra vez.

Cada dia que passa escrevo mais para mim.
E assim vou me afastando daquilo que sempre desejei para o meu ambiente e para as minhas vivências. Deixo tanta coisa pelo caminho em busca daquela. Poderia seguir com tudo isto em mim? Neste momento não o faço. Sou tão raso como uma folha de papel e tão liso como uma água de nascente.
Não sou o EU transparente.
Nem aquele realizado. Mas de todo não sou o coitado.
Não faço tensões de ser incompleto, nem raro, como o ar que tanta vez respirei.
De todas as vezes que reequilibrei os meus músculos nos movimentos perfeitos, e balancei-me, balancei-me qual pêndulo no tic-tac perfeito; perdi-me, perdi-me naquelas milésimas exactas em mim. E fui em ti, que eras a minha mais correcta reflexão. Espelho na minh'alma.
Continuam passando os dias. Um mais na minha contagem crescente.
Tonifico-me, estico-me, mas não mexo. O meu cérebro tele-transporta-se.
Sonhando tudo outra vez.

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