Encontraram-se naquela esquina.
Confusos, entre olharam-se , olharam-se...
Focaram-se um no outro perdidos no nada , unidos em tudo. Não havia nenhuma explicação para o vazio à sua volta. Contudo, estava um barulho sem fim, onde eles ficavam assim perdidos na multidão; o olhar molhado como o último beijo que deram.
Aquela esquina parecia não ter saída. Eles de frente um para o outro sem nada falar ou pestanejar.
Vistos de fora estavam duros, estáticos. Não saiam dali. Os constantes encontrões que recebiam não os fazia mover dali.
As pessoas questionavam-se que espírito teria os possuído de tal forma que não se mexiam dali.
Isto tudo era a nossa percepção exterior.
No seu íntimo eles eram mais próximos que o coração e os pulmões. Outras veias os bombeavam e irrigavam. Falavam com as mentes, tocavam-se com o olhar. Pareciam distantes, mas eram tão próximos como o Céu e o Mar.
Gosto da lascivia que consegues imprimir nas tuas palavras. Consegues um texto sensual sem precisares de descrever mais que uma troca de olhares.
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