Não sei como não te lembras; à noite antes de te deitares, de todas as histórias que te contei. Tudo o que sonhei por ti e que sonhamos em conjunto.
Sendo tão romântico, que não lembraria aos mais puros clássicos, nem aos dramas gregos.

Sou eu o Ricardo, um outro Ricardo de mim. Aquele que foge das mulheres, e refugia-se naquelas outras mulheres. O que não finge o que quer ser, o que não te mente.
Aquele que ficou todas as noites na cama ao teu lado, mesmo não te podendo tocar. Aquele que só eu mesmo sou eu.
Não sou o Príncipe Encantado, nem a beleza me assola.
Podes crer em toda a felicidade que te rodeia agora; mas não creias de mais.
Eu não creio na minha tristeza toda.
Visto que me tornei o menos romântico, o menos lutador. E não tenho mais história. Não tenho mais imaginação, que me fira o desejo e me foque em ti. Porque sou feito de carne e não de sonhos.

Não corres em busca do paraíso?

Um dia andei lá perto, tão perto que sentia a brisa marítima nos lábios, a areia a bater me na cara, e aquele cheiro quente e fresco, e tão tropical.
Não podia ter tudo e com a sede, aquela sede olhei para trás e vi que o meu cantil ficara metros atrás, corri, apanhei-o. E mais uma vez me apercebi que não tinha água dentro dele.
Mais uma vez corri, corri em busca da água.

E em segundos perdi todo o meu paraíso, todo o meu Reino. Afastei-me.
E tu estavas lá. Com uma fonte de água doce, para me servir.

O que fiz depois?
Nada.
Deitei-me na cama e pensei nisto tudo. E em como não sonhava mais.

Comentários

  1. Eu sinceramente quero fazer um comentário espectacular e digno da tua escrita mas não possuo esse dom. Digo-te apenas que aodro ler os teus posts e deixas-me LITERAlMENTE...Sem palavras...

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  2. Muito obrigado Curly Curl. eheh Saberás com o tempo comentar. Se calhar quando tiveres mais calo nos assuntos...
    Contudo a sensibilidade para gostar, pode ser de mim mas é óptimo por ser por aquilo que consigo criar, meu ou de alguém.

    Beijos

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